A demanda por aluguel de imóveis no Brasil tem aumentado consideravelmente nos últimos anos. De maio de 2015 a janeiro de 2016, ela gerou um aumento de 66%, ultrapassando a procura por casas e apartamentos para compra. Foi a primeira vez em pelo menos três anos que isto ocorreu, segundo dados levantados pelo GI.
Os motivos que influenciaram a mudança do perfil de imóveis buscados
Analisando fatores econômicos em decorrência da crise econômica e as mudanças nas regras de financiamento da Caixa Econômica Federal, é possível perceber claramente alguns dos motivos que influenciaram alterações de perfil na busca de imóveis pelos brasileiros. Entenda melhor:
Alteração nas regras de financiamento pela Caixa Econômica federal (CEF)
As primeiras mudanças de comportamento podem ser visivelmente observadas no gráfico anterior. Entre maio e abril de 2015 os indicadores de compra e venda começaram a se inverter, aumentando a busca por locação e reduzindo a por compra.
Este período coincide com o início da alteração das regras de financiamento divulgadas pela Caixa no ano passado, quando a instituição passou a financiar, no máximo, 50% dos valores dos imóveis. Diante disso, muitos brasileiros perceberam a inviabilidade de realizar o sonho da casa própria, já que na política da modalidade é determinado que o valor não financiado deve ser pago a vista. Consequentemente, estas pessoas passaram a buscar mais por imóveis para alugar.
Queda do preço médio do aluguel devido à crise
Foi observada queda real do preço médio do aluguel pela primeira vez desde 2008. O percentual de redução nos valores chegou a ser superior a 12% em 2015, quando avaliados os novos contratos. O motivo está ligado à recessão financeira, que impactou em retração no mercado imobiliário.
Com dificuldades em vender seus imóveis, os proprietários viram na locação uma oportunidade de obter renda e, ao mesmo tempo, arcar com os custos recorrentes mensais de casas e apartamentos inabitados (IPTU, condomínio, dentre outros). Em consequência, a oferta de imóveis para alugar cresceu, o que exigiu mais flexibilidade por parte dos proprietários em negociar os valores cobrados pela locação. Com isso, o consumidor ganhou mais poder de barganha – o que impulsionou a queda nos valores praticados.
As preferências ao alugar um novo imóvel
Quando não optam por renegociar o valor do aluguel do imóvel que residem, os consumidores indicaram ao GI, em pesquisa, os itens preferenciais para a escolha do novo lar. Dentre os motivos destacam-se:
- A busca por um imóvel mais perto do local de trabalho, com 22%;
- A procura por um bairro melhor que o atual, com 20%;
- A possibilidade de negociar um novo valor de aluguel, com 15% das respostas.
Lideram as buscas por aluguel as cidades que possuem o valor por m² mais alto
Os dados levantados pelo GI também demonstram que as cidades que mais demandam por aluguel, atualmente, são aquelas que apresentam valores mais altos por m². Lideram a lista Florianópolis (66% das buscas por imóveis é com foco em locação), Brasília (61%) e Belo Horizonte (60%). Deles, apenas o Distrito Federal foge à regra da preferência por apartamentos. Kitnets e flats ocupam este favoritismo.
O perfil de imóveis mais buscados
É comum que os perfis de imóveis mais buscados para locação se diferenciem de um local para o outro. Ficou curioso para saber se a sua preferência equivale à região que você reside? Confira as informações em destaque:
Região Sudeste
Dos entrevistados, o perfil de imóveis preferido pelos consumidores é:
- Metragem entre 50 e 100 m² é a preferência indicada por 50%;
- Ter dois dormitórios é o ideal para 43% deles;
- 44% disseram estar dispostos a pagar até R$2 mil pelo imóvel.
Região Sul
Na região sul o perfil muda um pouco, sendo preferência entre os entrevistados:
- Imóveis com até 50m² (52%);
- Dois dormitórios (42%);
- R$1 mil como teto do valor de aluguel (64%).
Região Nordeste
Para os entrevistados da região Nordeste, a preferência é:
- Metragem entre 50 e 100 m² para 54%;
- Três dormitórios é o que almeja 40%;
- Pagar até R$2 mil pelo imóvel locado para 47%.
E para você, qual o perfil de imóvel ideal? Coincidiu com a região que você reside? Conte para a gente!
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